quinta-feira, 30 de junho de 2011

ENC: [ TUTORIAL ] Sistemas Instrumentados de Segurança - Parte 2

 

 

 

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TT400 SIS - Transmissor Temperatura para Sistemas Instrumentados de Segurança

[ Tutorial SIS ] - Parte 2

A relação entre as Funções Instrumentadas de Segurança (SIFs) e os SIS

Como vimos anteriormente, um Sistema Instrumentado de Segurança (SIS) tem como função prevenir ou atenuar (mitigar) eventos perigosos, levando um ou mais processos a um nível previamente determinado como seguro.

Especialistas em segurança, ao longo do tempo, começaram a tomar ações relacionadas a instalação, programação, uso de equipamentos e instrumentos de segurança, para proporcionar a atenuação dos riscos relacionados a processos. Só que tudo isso era pontual, e não havia um padrão baseado, inclusive, em performance. Surgiram então padrões como o IEC61508 e o IEC61511, com ênfase na redução quantitativa do risco, considerações sobre o ciclo-de-vida dos sistemas, etc. Assim, pode-se dizer que quando PLCs, sensores e elementos finais atendem aos requisitos impostos por esses padrões, tem-se a chamada Segurança Funcional, e o risco do processo está reduzido a um nível pré-determinado.



Através de metodologias de análise de risco, muitos acidentes podem ser evitados em um SIS.

As análises de risco que nos fazem chegar à Segurança Funcional podem ser feitas através de diversas metodologias. Uma delas, por exemplo, é a análise qualitativa da probabilidade de ocorrência e de consequências, como nas tabelas abaixo.

 

Probabilidade de Ocorrências

Categoria

Definição

Faixa (falhas por ano)

Frequente

Número muito grande de vezes na vida útil do sistema

> 10-3

Provável

Várias vezes durante a vida útil do sistema

10-3 to 10-4

Ocasional

Uma vez durante a vida útil do sistema

10-4 to 10-5

Remota

Dificilmente ocorrerá durante a vida útil do sistema

10-5 to 10-6

Improvável

Muito dificilmente ocorrerá durante a vida útil do sistema

10-6 to 10-7

Impossível

Acredita-se que não ocorrerá

< 10-7

 

Categorias de Consequência

Categoria

Definição

Catastrófica

Perdas múltiplas de vidas

Crítica

Perda de uma vida

Marginal

Ferimentos graves a uma ou mais pessoas

Negligível

Pequenos ferimentos no pior caso

E assim, combina-se os resultados de ambas as matrizes em uma última chamada Matriz de Classe de Risco:

 

 Consequência

 

Catastrófica

Crítica

Marginal

Negligível

Frequente

I

I

I

II

Provável

I

I

II

III

Ocasional

I

II

III

III

Remota

II

III

III

IV

Improvável

III

III

IV

IV

Impossível

IV

IV

IV

IV

Onde:

  • Classe I: Inaceitável em qualquer circunstância;
  • Classe II: Indesejável - tolerável somente se a redução de risco for impraticável ou se os custos para fazê-lo são desproporcionalmente maiores que os ganhos a serem obtidos.
  • Classe III: Tolerável se o custo da redução do risco exceder a melhoria que se pode obter.
  • Classe IV: Aceitável, porém precisa ser monitorado.

A Segurança Funcional, será representada pelas Funções Instrumentadas de Segurança, ou SIFs, do inglês. Para que essas funções se concretizem, combinam-se PLCs, sensores e elementos finais. Um SIS pode ter uma ou mais SIFs.

E cada SIF dentro de um SIS possui um Nível de Integridade Segura, baseado na probabilidade de falhas, como citado nas tabelas acima. Na próxima semana, veremos o que são esses níveis.

 

 

Um comentário:

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