TT400 SIS - Transmissor Temperatura para Sistemas Instrumentados de Segurança [ Tutorial SIS ] - Parte 2
A relação entre as Funções Instrumentadas de Segurança (SIFs) e os SIS Como vimos anteriormente, um Sistema Instrumentado de Segurança (SIS) tem como função prevenir ou atenuar (mitigar) eventos perigosos, levando um ou mais processos a um nível previamente determinado como seguro. Especialistas em segurança, ao longo do tempo, começaram a tomar ações relacionadas a instalação, programação, uso de equipamentos e instrumentos de segurança, para proporcionar a atenuação dos riscos relacionados a processos. Só que tudo isso era pontual, e não havia um padrão baseado, inclusive, em performance. Surgiram então padrões como o IEC61508 e o IEC61511, com ênfase na redução quantitativa do risco, considerações sobre o ciclo-de-vida dos sistemas, etc. Assim, pode-se dizer que quando PLCs, sensores e elementos finais atendem aos requisitos impostos por esses padrões, tem-se a chamada Segurança Funcional, e o risco do processo está reduzido a um nível pré-determinado.
Através de metodologias de análise de risco, muitos acidentes podem ser evitados em um SIS.
As análises de risco que nos fazem chegar à Segurança Funcional podem ser feitas através de diversas metodologias. Uma delas, por exemplo, é a análise qualitativa da probabilidade de ocorrência e de consequências, como nas tabelas abaixo. Probabilidade de Ocorrências Categoria | Definição | Faixa (falhas por ano) | Frequente | Número muito grande de vezes na vida útil do sistema | > 10-3 | Provável | Várias vezes durante a vida útil do sistema | 10-3 to 10-4 | Ocasional | Uma vez durante a vida útil do sistema | 10-4 to 10-5 | Remota | Dificilmente ocorrerá durante a vida útil do sistema | 10-5 to 10-6 | Improvável | Muito dificilmente ocorrerá durante a vida útil do sistema | 10-6 to 10-7 | Impossível | Acredita-se que não ocorrerá | < 10-7 |
Categorias de Consequência Categoria | Definição | Catastrófica | Perdas múltiplas de vidas | Crítica | Perda de uma vida | Marginal | Ferimentos graves a uma ou mais pessoas | Negligível | Pequenos ferimentos no pior caso |
E assim, combina-se os resultados de ambas as matrizes em uma última chamada Matriz de Classe de Risco: | Consequência | | Catastrófica | Crítica | Marginal | Negligível | Frequente | I | I | I | II | Provável | I | I | II | III | Ocasional | I | II | III | III | Remota | II | III | III | IV | Improvável | III | III | IV | IV | Impossível | IV | IV | IV | IV |
Onde: - Classe I: Inaceitável em qualquer circunstância;
- Classe II: Indesejável - tolerável somente se a redução de risco for impraticável ou se os custos para fazê-lo são desproporcionalmente maiores que os ganhos a serem obtidos.
- Classe III: Tolerável se o custo da redução do risco exceder a melhoria que se pode obter.
- Classe IV: Aceitável, porém precisa ser monitorado.
A Segurança Funcional, será representada pelas Funções Instrumentadas de Segurança, ou SIFs, do inglês. Para que essas funções se concretizem, combinam-se PLCs, sensores e elementos finais. Um SIS pode ter uma ou mais SIFs. E cada SIF dentro de um SIS possui um Nível de Integridade Segura, baseado na probabilidade de falhas, como citado nas tabelas acima. Na próxima semana, veremos o que são esses níveis.
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Muito bom saber, muito obrigado
ResponderExcluirG Master Elétrica e Automação