terça-feira, 21 de setembro de 2010

ENC: Transmissor de nível por onda guiada SMAR - Aplicação em Flotadores

 

Transmissor de nível por onda guiada SMAR - Aplicação em Flotadores

 

 

 

 

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Flotação é um processo de separação de misturas líquido- sólido. Hoje a indústria utiliza a flotação em inúmeros processos, como em tratamento de esgoto, separação de minérios, remoção de tinta de papel, entre outros.

A idéia é remover partículas indesejadas dentro do líquido. Adicionam-se produtos químicos para que se agreguem às partículas e estas se tornem hidrofóbicas. Então, através de um processo de borbulhamento e da própria diferença de densidades na mistura, elas são carreadas pelas bolhas de ar, chegando à superfície do líquido em forma de espuma.

Flotador de Xarope em Usinas de Açúcar

O processo de Flotação do xarope é fator decisivo para a qualidade do açúcar. Ele permite a fabricação de um açúcar de melhor qualidade e uma forte descoloração do xarope através de sua clarificação. Se a eficiência desse processo for baixa, o açúcar final terá cor indesejada, com pontos pretos e diversas impurezas.

Particularmente em usinas, alguns processos de flotação mais modernos tem sido utilizados sem a presença de dispositivos mecânicos para aeração.

Tecnologias mais modernas se utilizam de aeradores, por onde o xarope passa a altas velocidades, criando um gradiente de pressão de tal modo que o ar penetra no xarope, proporcionando estabilidade de aeração e bolhas de tamanhos mais próximos.

Como já citado, aplica-se um acondicionamento físico-químico das impurezas dentro do xarope, de forma que elas se agrupem em flóculos e, por diferença de densidade, flotem, sendo então separadas do xarope. Os produtos indesejados e floculados são gomas, almidons e polissacarídeos. Diminui-se também a viscosidade do xarope, além do incremento de pureza.

 

Medição de Nível em Flotadores

Na flotação geralmente se utilizam medidores de ondas mecânicas do tipo ultrasons. Aqui cabe relembrar como esses medidores funcionam.

O método ultra-sônico utiliza um trem de pulsos que excitam um cristal piezo-elétrico (o mesmo dos microfones) de modo a gerar uma frente de onda de pressão acústica.

Tal onda se propaga até encontrar a superfície do produto que será medido.

Uma parte da energia retorna ao transdutor após um determinado tempo. Sabendo-se quanto é esse tempo, e qual a velocidade do som no meio superior ao líquido, pode-se encontrar a distância percorrida.

De maneira que o nível será dado pela seguinte equação: NÍVEL = Altura do Tanque - Distância Percorrida, sendo que a Distância Percorrida será função da velocidade e do espaço, a saber:

Distância Percorrida =

Onde:

  • Co: velocidade do som no meio acima do produto que será medido.
  • T: tempo de emissão até o retorno da onda (a unidade controladora considera apenas a metade deste valor).

Agora leve-se em consideração que a velocidade de propagação do som no ar é função da sua temperatura, da pressão barométrica, umidade relativa e viscosidade do ar.

Se há vapor, todos estes parâmetros citados mudam. E aí surgem os falsos ecos, o que torna a aplicação com ultrassons inadequada.

 

Utilização do Radar de Ondas Guiadas

O controle é levado a uma situação de instabilidade com ultrassons. Assim, a utilização de ondas eletromagnéticas guiadas, que independem da presença do vapor e de espuma (esta também presente na flotação) é sem dúvida a melhor solução. Com isso, ganha-se em confiabilidade e estabilidade na medição, mesmo em condições adversas, como a forte presença de vapor, a variação de viscosidade ou da temperatura do ar.

Controla-se a temperatura do xarope na válvula de vapor e controle de vazão de xarope na entrada do flotador através de um medidor de vazão magnético que atua na válvula de entrada de xarope. Assim, o transmissor de nível radar RD400 da SMAR atua na válvula de saída de xarope para que seja feito a retirada de borra (produto flotado).

 

Nesta aplicação utilizou-se o RD400 de haste simples acoplado a um vaso comunicante. Essa é uma solução adotada para aplicações onde há presença de obstáculos internos ao tanque onde não é possível a instalação da sonda. Vale lembrar que o vaso comunicante pode ser usado em aplicações onde há muita agitação, pois serve como tubo de calma e traz o mesmo efeito de uma sonda coaxial, eliminando ruídos e proporcionando melhor propagação das ondas.

O RD400 já opera há duas safras na flotação de xarope da Usina Açúcar Guarani S.A., unidade São José. Nunca foi preciso alguma intervenção, como no passado, para assepsia, retirada de produto acumulado no equipamento, etc.

Segundo o sr. Lourival Ribeiro da Cruz, encarregado da instrumentação, o RD400 trouxe confiabilidade do nível, o que permitiu um controle estável da malha.

 


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sábado, 18 de setembro de 2010

ENC: [ARTIGOS TÉCNICOS] FISCO: Fieldbus Intrinsically Safe Concept

FISCO: Fieldbus Intrinsically Safe Concept

Introdução

Com a demanda por uma quantidade maior de equipamentos em um barramento fieldbus intrisecamente seguro, o PTB (Physikalisch Technische Bundesanstalt, instituto alemão de ciência e tecnologia) executou testes rigorosos e chegou a um modelo que atende às altas demandas de consumo, o FISCO, Fieldbus Intrinsically Safe Concept.

Veremos a seguir mais detalhes deste conceito e sua importância no uso da tecnologia fieldbus em áreas perigosas e explosivas.

 

O que se ganhou com o FISCO

Este conceito está de acordo com os padrões internacionais de segurança intrínseca (EN50020 e IEC 791-11, Classe I, Divisão 1, de acordo com os padrões americanos), onde deve existir uma única fonte de alimentação ativa por sistema e todos os nós são passivos e possuem indutância e capacitância internas desprezíveis (Li £ 10mH, Ci £ 5nF). Além disso em termos de cabeamento, vários tipos são permitidos sendo que se tem comprimento máximo de 1000m, com terminação nas duas extremidades e, equipamentos de campo, assim como fonte de alimentação, devem estar de acordo com o FISCO.

 

Requisitos do FISCO

O modelo FISCO tem as seguintes restrições:

a) Cada segmento deve possuir um único elemento ativo (fonte de alimentação) no barramento de campo, localizado na área não-classificada;
b) Os demais equipamentos na área classificada são passivos (escravos);
c) Cada equipamento de campo deve ter um consumo quiescente mínimo de pelo menos 10 mA;
d) Em áreas Ex ia e Ex ib o comprimento máximo do barramento deve ser 1000 m;
e) Derivações individuais devem ser limitadas a 30 m;
f) Deve-se utilizar 2 terminadores ativos no barramento principal, um no início e um no fim do barramento;
g) Deve-se utilizar transmissores e barreiras/fontes aprovadas pelo FISCO;
h) Os cabos (sem restrições para cabeamento até 1000 m) devem possuir os seguintes parâmetros:

  • R´:15 a 150 ?/km;
  • L´: 0,4 a 1 mH/km;
  • C´: 80 a 200 nF/km.
  • Cabo tipo A: 0,8mm2 (AWG18)

i) Deve-se verificar para cada transmissor:

  • Limite de tensão: Vo < Vi,
  • Limite de corente: Io < Ii,
  • Limite de potência: Po < Pi.

Note que não se requer o cálculo de C e L para o segmento.

 j) As terminações devem possuir os seguintes parâmentros:

  • R = 90 a 100 ?;
  • C = 0 a 2,2 ?F.

k) A fonte de alimentação deve ter os seguintes requisitos:

  • Saída com característica trapezoidal ou retangular;
  • V0 = 14..24V(Valor máximo, segurança intrínseca);
  • Para Grupo A,B/ IIC I0 até 215mA para V0=15V
  • Sem especificação de Lo e Co no certificado e na etiqueta

O conceito FISCO foi otimizado para que seja permitido um número maior de equipamentos de campo, de acordo com o comprimento do barramento, levando-se em conta a variação das características do cabo(R', L',C'), terminadores, atendendo categorias e grupos de gases com uma simples avaliação da instalação envolvendo segurança intrínseca. Com isto aumentou-se a capacidade de corrente por segmento e facilitou para os usuários a avaliação.Além disso, ao adquirirem produtos certificados não precisam se preocupar mais com cálculos, mesmo em substituição em operação.


Profibus PA & FISCO

Em termos de Profibus, o FISCO sempre foi parte integrante das definições do Profibus PA. O modelo assume que não é necessário cálculo extra se os quatro elementos básicos, equipamentos de campo, cabo, coupler DP/PA e terminadores estão definidos dentro dos limites de tensão, corrente, capacitância e indutância.Diferentes órgãos certificadores permitem a avaliação e certificação dos produtos, tais como o PTB, FM, UL, BVS.

Este conceito agrega a condição de Plug&Play no Profibus PA em áreas potencialmente perigosas.

 

Foundation Fieldbus & FISCO

A Foundation anunciou a adoção do FISCO em 2001, onde este novo conceito foi adicionado nas especificações do physical layer.Desde 1996, o physical layer para sistemas IS(Intrinsecamente Seguros) usava o modelo de Entidade incluído na IEC 61158.Este modelo assume a eletrônica passiva para determinar os parâmetros dos circuitos aceitáveis para se limitar a potência em áreas intrinsecamente seguras.Com o modelo FISCO desenvolvido pelo PTB em acordo com os padrões CENELEC e IEC 61158-2, foi possível se aumentar o número de equipamentos por barreira em Zona 1 Ex.O FISCO define uma área segura sob a curva de potência e permite a operação em área segura usando-se limites da potencia ativa.Este novo modelo veio também a simplificar avaliações em conformidade com a segurança intrínseca.Com isto, processos em plantas em Zona1 passaram a usufruir dos benefícios do fieldbus com a certeza de estar de acordo com os padrões IEC para ambientes perigosos.

A solução FISCO permite que se tenha 10 a 12 equipamentos por segmento fieldbus ao invés de 4 ou 5  quando se tem o modelo de entidade.Agregou mais flexibilidade e tornou mais atrativo ao usuário uma vez que se poder ter vários fabricantes juntos e onde as simplificações quanto à parametrização e seus conceitos permitem maximizar a energia aos equipamentos e com isto maximizar a quantidade de equipamentos, contribuindo significativamente para a redução de custos de instalação.

 

FNICO, Fieldbus Nonincendive Concept

Um novo conceito que também surge em cena é o FNICO, Fieldbus Nonincendive Concept, que é um conceito emergente similar ao FISCO, mas limitado para o uso em Zona 2. Ambos conceitos, FISCO e FNICO, estão tornando mais atrativo o uso de fieldbus em áreas perigosas.

 

Exemplos de barreiras

Barreira Exi - Conceito de entidade

 

  • 60 mA@ 11 V, Exia, IIC: Tipicamente 4 equipamentos por barreira em áreas perigosas.
  • Repetidor
  • Built-in terminator
  • Montagem em DIN-rail
  • Isolada
  • Exia bus em Zone 0

Figura 1 -  Barreira Exi - Conceito de entidade



Barreira Exi - Modelo FISCO

  • 60 mA@ 11 V, Exia, IIC: Tipicamente 4 equipamentos por barreira em áreas perigosas.
  • Repetidor
  • Built-in terminator
  • Montagem em DIN-rail
  • Isolada
  • Exia bus em Zone 0

Figura 2 -  Barreira Exi - Modelo FISCO

 

Conclusão

A tabela 1 mostra uma breve comparação em o modelo FISCO e o modelo de entidades.

 

FISCO

Modelo de entidade

Comprimento de cabo

1000 m -  ia (*)
5000 m - ib (*)

1900 m

Max. Comprimento do Spur

30 m(*)

120 m

Número de devices

10

4

Reatâncias do cabo e comprimento

Não considerado

Considerado

(*) Máximo comprimento analisado. Pode ser possível um comprimento maior

Tabela 1 - FISCO x modelo de entidades (propriedades da fonte de alimentação)

Existem um conjunto de regras para aplicações em áreas perigosas usando-se métodos de segurança intrínseca. Os guias de instalações das tecnologias fieldbus(Foundation Fieldbus e Profibus PA) se referem aos comprimentos dos segmentos, limites de correntes na fonte de alimentação e parâmetros como capacitância e indutância, assim como parâmetros de falhas dos equipamentos. O método FISCO provê uma fácil implementação para aplicações intrinsecamente segura em fieldbus, dando flexibilidade, segurança operacional às aplicações e reduzindo custos de instalação uma vez que se pode manusear até 10 equipamentos em uma rede EEX ia.Além disso, a possibilidade de manuseios online simplificam comissionamento e startup e manutenção. Mais potência significa mais devices e menos cabos e conseqüentemente menos barreiras.Equipamentos que atendem ao FISCO podem ser conectados diretamente em redes IS baseadas no modelo de entidades. A condição inversa precisa ser avaliada.

 

Referências

  • Profibus PA Guideline
  • Materiais de Treinamento Profibus - César Cassiolato
  • CASSIOLATO, César, Revista Controle & Instrumentação, Edição nº 95, de 2004

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domingo, 5 de setembro de 2010

ENC: ARTIGOS TÉCNICOS: PROFIBUS-DP e Repetidores

PROFIBUS-DP e Repetidores

Introdução

É notório o crescimento do Profibus em nível mundial e principalmente no Brasil. Decidi escrever  este artigo sobre repetidores,  pois tenho visto na prática muita instalação de forma inadequada, assim como erros básicos e que têm estendido o tempo de comissionamento e startup, e consequentemente gerado uma degradação da qualidade  da performance da rede.

O Profibus permite uma integração uniforme e completa entre todos os níveis da automação e as diversas áreas de uma planta. Isto significa que a integração de todas as áreas da planta pode ser realizada com um protocolo de comunicação que usa diferentes variações.

No nível de campo, a periferia distribuída, tais como: módulos de E/S, transdutores, acionamentos (drives), válvulas e painéis de operação, trabalham em sistemas de automação, através de um eficiente sistema de comunicação em tempo real, o PROFIBUS DP ou PA. A transmissão de dados do processo é efetuada ciclicamente, enquanto alarmes, parâmetros e diagnósticos são transmitidos somente quando necessário, de maneira acíclica.

Sempre que possível, consulte a EN50170 para as regulamentações físicas, assim como as práticas de segurança de cada área.

É necessário agir com segurança nas medições, evitando contatos com terminais e fiação, pois a alta tensão pode estar presente e causar choque elétrico. Lembre-se que cada planta e sistema tem seus detalhes de segurança. Se informar deles antes de iniciar o trabalho é muito importante.

Para minimizar o risco de problemas potenciais relacionados à segurança, é preciso seguir as normas de segurança e de áreas classificadas locais aplicáveis que regulam a instalação e operação dos equipamentos. Estas normas variam de área para área e estão em constante atualização. É responsabilidade do usuário determinar quais normas devem ser seguidas em suas aplicações e garantir que a instalação de cada equipamento esteja de acordo com as mesmas.

Uma instalação inadequada ou o uso de um equipamento em aplicações não recomendadas podem prejudicar a performance de um sistema e conseqüentemente a do processo, além de representar uma fonte de perigo e acidentes. Devido a isto, recomenda-se utilizar somente profissionais treinados e qualificados para instalação, operação e manutenção.

Repetidores

Para casos com mais de 32 estações ou para redes densas,  devem ser utilizados repetidores. Segundo a EN50170, um máximo de 4 repetidores são permitidos entre duas estações quaisquer. Dependendo do fabricante e das características do repetidor, é permitido instalar até 9 repetidores em cascata. Recomenda-se não utilizar uma quantidade maior que a permitida, devido aos atrasos embutidos na rede e ao comprometimento com o slot time (tempo máximo que o mestre irá esperar por uma resposta do slave). Veja Figuras 1 e 2.

 



Figura 1 - Segmentação em Instalações Profibus

 



Figura 2 - Regra Geral de Segmentação, Repetidor e bus Terminador

 

O comprimento máximo do cabeamento depende da velocidade de transmissão, conforme a Tabela 1.

Cabo Tipo A

Baud Rate
(Kbit/s)

9,6

19,2

93,75

187,5

500

1500

3000

6000

12000

Comprimento/
Segmento (m)

1200

1200

1200

1000

400

200

100

100

100

Tabela 1 - Comprimento em Função da Velocidade de Transmissão com Cabo Tipo A

O padrão Profibus considera a capacitância máxima  para cada taxa de comunicação . A Tabela 2 apresenta os comprimentos máximos dos troncos principais e dos spurs em função do baud rate. A topologia e a distribuição do cabeamento são fatores que devem ser considerados para a proteção de EMI (Emissão Eletromagnética).

É válido ressaltar que em altas freqüências os cabos se comportam como um sistema de transmissão com linhas cruzadas e confusas, refletindo energia e espalhando-a de um circuito a outro. Deve-se manter em boas condições as conexões, pois conectores inativos podem desenvolver resistência ou se tornar detectores de RF.

Baud Rate (kbit/s)

Máxima Capacitância(nF) do spur máximo (somatória de  todos os spurs)

Tronco Máximo (m)

Spur Máximo (m)
(somatória de  todos os spurs)

Máxima Expansão (m)

9.6

15

500

500

10000

19.2

15

500

500

10000

93.75

3.0

900

100

10000

187.5

1.0

967

33

10000

500

0.6

380

20

4000

1500

0.2

193.4

6.7

2000

3000

0

100

0

1000

6000

0

100

0

1000

12000

0

100

0

1000

Tabela 2 - Comprimentos Máximos dos Troncos Principais e dos Spurs em função do Baud Rate (para cano tipo A com capacitância 30pF)

A recomendação é acrescentar um repetidor onde há a necessidade em criar braços além do tronco principal. Na prática, pode-se ter uma margem de 5% destes comprimentos máximos, não havendo a necessidade de comprar um repetidor quando se ultrapassa os limites dentro desta proporção. Utiliza-se a seguinte regra para determinar a máxima distância entre duas estações conforme a taxa de comunicação, considerando o número de repetidores:

Onde é o número máximo de repetidores em série e seg é o comprimento máximo de um segmento de acordo com o baud rate.

Por exemplo, à uma taxa de 1500kbit/s (de acordo com a Tabela 1, é possível obter a distância máxima de 200m), o fabricante de um determinado repetidor recomenda que se utilize no máximo 9 repetidores em série, é possível obter:

Outro detalhe a ser observado na prática, de acordo com a Figura 2, é o uso dos terminadores de barramento, onde preferencialmente o mestre está localizado no início do barramento com um terminador ativo e o último escravo, o mais distante do mestre, também possui terminador ativo. Isto significa que o último escravo deve permanecer alimentado o tempo todo e durante sua manutenção ou reposição, pode haver comunicação intermitente com os outros devices.

Devido à arquitetura e/ou topologia, algo como a Figura 3 é obtido, onde o mestre está localizado no meio do barramento. Os terminadores devem estar localizados no primeiro escravo (o mais à esquerda do mestre) e no último (o mais distante), mantendo-os sempre energizados. Durante a manutenção ou reposição, pode haver comunicação intermitente com os outros devices.

 



Figura 3 - Mestre Localizado no Meio do Barramento

 

ATENÇÃO

Alguns repetidores não se programam automaticamente com a taxa de comunicação e nem mesmo possuem indicação luminosa de alimentação ativa. É comum o uso de repetidores onde se tem diferença de potencial de terra, assim como para isolar galvanicamente duas áreas. Alguns fornecedores de CCMs já incluem repetidores em suas soluções.

Curiosidade

A figura 4 mostra o efeito capacitivo em um segmento pelo excesso de cabo e spurs:

 


Figura 4 - mostra o efeito capacitivo em um segmento pelo excesso de cabo e spurs.

 

A figura 5 mostra o sinal após a utilização de um repetidor neste segmento da figura 4:

 


Figura 5 - Sinal corrigido após a instalação do repetidor DP

 

Conclusão

O uso de repetidores em Profibus é muito comum em casos onde se tem mais de 32 estações ou para redes densas. Veremos a seguir alguns detalhes pertinentes que devem ser levados em conta em fase de projeto e instalação para garantir a correta performance da rede Profibus-DP.

Lembrando que  os repetidores são elementos ativos que servem para interfacear segmentos em uma rede Profibus e que asseguram níveis adequados de sinais, garantindo a integridade do sinal de comunicação. O repetidor possui a capacidade de evitar a deterioração do sinal em longas distâncias. Essencialmente ele trabalha recebendo o sinal de um segmento de rede, "limpando" e amplificando este sinal, e transmitindo-o para outro segmento de rede. Desta forma a mensagem original é mantida por todos os segmentes da rede. O repetidor executa esta função bidirecionalmente. Além disso, serve para isolar galvanicamente os segmentos.

Vimos neste artigo a importância dos repetidores para a expansão da rede Profibus-DP e detalhes em termos de sua correta instalação juntamente com os terminadores de barramento para garantirem o perfeito funcionamento e integridade do sinal de comunicação.

A SMAR possui um ampla equipe especializada em projetos, certificações de redes e instalações em Profibus. Para mais detalhes, acesse o canal direto de comunicação com os engenheiros especialistas em instalações e tecnologia PROFIBUS e AS-i da SMAR: http://www.smar.com/brasil2/especialistas_profibus.asp

Consulte a solução completa SMAR Profibus: http://www.smar.com/brasil2/profibus.asp
http://www.smar.com/brasil2/system302/

Este artigo não substitui os padrões IEC 61158 e IEC 61784 e nem os perfis e guias técnicos do PROFIBUS. Em caso de discrepância ou dúvida, os padrões IEC 61158 e IEC 61784, perfis, guias técnicos e manuais de fabricantes prevalecem. Sempre que possível, consulte a EN50170 para as regulamentações físicas, assim como as práticas de segurança de cada área.

 

Referências:

  • Manuais SMAR Profibus
  • Aterramento, Blindagem, Ruídos e dicas de instalação - César Cassiolato
  • EMI - Interferência Eletromagnética - César Cassiolato
  • www.smar.com.br
  • Especificações técnicas e Guias de Instalações Profibus.
  • Material de Treinamento e artigos técnicos Profibus - César Cassiolato

 

* César Cassiolato é Diretor de Marketing, Assistência Técnica e Instalações Industriais da SMAR Equipamentos Ind. Ltda, foi Presidente da Associação Profibus Brasil América Latina de 2006 a 2010 e Vice-Presidente de 2002 a 2005, Diretor Técnico do Centro de Competência e Treinamento em Profibus e Engenheiro Certificado na Tecnologia Profibus e Instalações Profibus pela Universidade de Manchester.

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